Saúde

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sábado, 17 de agosto de 2013

A maioria das pessoas não conhecem essa região chamada períneo, que na mulher fica entre o ânus e a vagina. Essa região contêm músculos, que como qualquer outro precisa de contração para não perder a força. O seu fortalecimento ajuda tanto a prevenir problemas futuros desta região, como incontinência urinária, prolapsos uterinos, etc., e também ajuda no melhor desempenho sexual. A fisioterapia uroginecológica ajuda na conscientização correta da contração deste músculo e na realização de exercícios específicos desta região.

PERÍNEO BEM TRABALHADO GARANTE VIDA SEXUAL ANIMADA E POSTURA FIRME


Um mistério: na era do culto ao corpo, quando tanta gente sabe nomes de músculos na ponta da língua, o períneo permanece desconhecido e mal aproveitado

Claro, não dá para exibir essa musculatura, mais profunda. Mas será preciso tanta sutileza para lidar com essa estrutura essencial a funções básicas como fazer xixi, sexo ou manter a postura?

"Pouca gente sabe onde é [o períneo]. Há um tabu enorme, já começa no reconhecimento de um lugar que pertence ao seu corpo", diz a fisioterapeuta Betty Gervitz, especialista em dança e saúde e doutoranda em gerontologia pela Unifesp.

Um sinônimo para períneo é assoalho pélvico. Desse jeito, fica mais fácil imaginar sua localização no corpo. Mesmo assim, não é fácil encontrar esse "chão". Afinal, ele se mexe, embora a maioria não se dê conta disso.

 TRABALHO PESADO

Além de pouco usado em movimentos conscientes, o assoalho pélvico tem outra particularidade: é ele que sustenta os órgãos genitais.

O fisioterapeuta Gustavo Sutter Latorre, editor do portal Perineo.net, compara o assoalho pélvico a uma cama elástica que vai do osso púbico ao cóccix. "Só que essa cama não cede ao peso simplesmente, ela faz uma força contrária, empurrando [os órgãos] para cima."

Na mulher, o trabalho é mais pesado: o assoalho pélvico sustenta mais órgãos (útero, ovários) e, frequentemente, o peso da gravidez.

Exercitar o períneo é bom para homens e mulheres de qualquer idade, mas é um cuidado mais importante para a mulher que já teve filhos, segundo Ana Carolina Basso Schmitt, doutora em saúde pública e fisioterapeuta,

Fazer um treino de força regular é a melhor forma de prevenir problemas futuros, como a incontinência urinária na velhice.

E de ganhar muito no curto prazo. "Exercícios para o períneo deixam a região genital mais bem irrigada, forte, viva", afirma Latorre.

Todas as práticas de ioga incluem exercícios para o períneo, lembra Anderson Allegro, professor da escola Aruna Yoga, em São Paulo. "O mula bandha, contração sustentada do períneo, é ensinado desde as primeiras aulas. Ele dá o chão para a realização das posturas."

Na ioga, a base da coluna, onde o períneo se insere, está ligada à kundalini, energia de vida, do despertar, da sexualidade.

"Contrair o períneo regularmente devolve o prazer pela vida. Sexual, sim, mas não é o foco. É vitalidade em geral, para mulheres e homens", afirma Allegro.
Os exercícios que contraem a região da pelve preservam a saúde dos testículos e da próstata. E podem ajudar a função erétil.

"A musculatura do períneo ajuda o músculo eretor do pênis a atingir o grau máximo de ereção", diz Latorre.

Nas mulheres, o treino aumenta a lubrificação e a sensibilidade do canal vaginal.

POMPOARISMO

A agente de turismo Júlia, 28, aprendeu a contrair conscientemente o períneo em um curso de pompoarismo. Na técnica, originária da Ásia, bolinhas de metal ou plástico são introduzidas na vagina com a função de halteres, para o desenvolvimento da força e do controle motor dos músculos.

No Brasil, o pompoarismo é mais associado à pornografia ou a "sexo de resultados" (tipo "agarre seu homem"). Mas sua base é a mesma dos exercícios usados em tratamentos fisioterápicos ou em protocolos médicos, como o que o ginecologista norte-americano Arnold Kegel criou nos anos 1940 (os "exercícios de Kegel").

Bolinhas tailandesas (ben wa) ou cones são usados para praticar contrações e "manobras" --que podem depois ser reproduzidas com o parceiro. "No começo, é difícil contrair, respirar e ainda curtir. Depois, fica gostoso e você quer praticar sempre", afirma Júlia.

Para quem prefere uma técnica menos "invasiva", algumas atividades físicas ajudam tanto quanto a arte do pompoarismo no fortalecimento do assoalho pélvico.

No pilates, por exemplo, a contração do períneo é sempre solicitada para estabilizar a coluna, segundo Isaías Vieira, coordenador de pilates da academia Bio Ritmo.

"Quando você vai fazer a organização do quadril, contrai o períneo para aproximar os dois ísqueos (ossinhos na parte inferior do quadril) e, depois, o cóccix do osso do púbis. A coluna lombar fica bem posicionada e dá uma base sólida para a organização das outras articulações", explica Gervitz.

Nas aulas de pilates, além desse acionamento sutil do assoalho pélvico, a contração interna é realizada junto com movimentos maiores, que envolvem outros músculos, como os de elevação da coluna lombar, diz Vieira.

Fazer a báscula do quadril (um balanço para frente) é uma das formas mais fáceis de contrair o períneo. É por isso que a dança do ventre é uma boa atividade para fortalecer o assoalho pélvico.

"Não é só a dança do ventre. O balé também trabalha muito esse encaixe do quadril", lembra Débora Sabongi, bailarina e professora de dança do ventre.

COORDENAÇÃO FINA

Mesmo assim, a dança oriental é uma das mais indicadas, segundo o fisioterapeuta Latorre. "Ela mobiliza a pelve e desenvolve uma coordenação motora muito fina da região do quadril."

Já a musculação tradicional, em aparelhos, pouco ou nada faz por essa área do nosso corpo, segundo Luciano D'Elia, educador físico especialista em treinamento funcional. "No treino funcional, ao contrário, a musculatura pélvica, a lombar e a abdominal são o ponto de partida dos exercícios", diz. 
Fonte: Folha

domingo, 4 de agosto de 2013

Prepare seu corpo para a gravidez! É importante a gestante receber orientações sobre as possíveis complicações que a gravidez pode acarretar e ter uma boa qualidade de vida durante esse período. A fisioterapia obstétrica trabalha na prevenção e tratamento de sintomas provocados durante toda a gestação. Vale a pena ler, principalmente as futuras mamães!!!


Cinco maneiras de preparar o seu corpo para a gravidez

Se ter filhos faz parte do seu plano a 10 anos ou se decidiu agora que é hora de começar a tentar, nunca é cedo demais para começar a preparar o seu corpo para a gravidez. 


Tenha a certeza de que o seu corpo está pronto para carregar um bebê, abordando qualquer dor ou problemas associados com a postura ou fraqueza muscular antes de pensar na gravidez. Infelizmente, esses problemas podem piorar durante a gravidez e causar dor e disfunção. 
A boa notícia é que um fisioterapeuta pode avaliar, diagnosticar e tratar problemas músculo-esqueléticos pré-gravidez e continuar a ajudá-la durante a gravidez e pós-parto. 
Veja como neste excelente artigo da fisioterapeuta Marianne Ryan.

Dicas para ajudar a preparar o seu corpo para a gravidez

  • Fortalecer os músculos pélvicos. Para fortalecer estes músculos, use contrações do pavimento pélvico (comumente referidos como exercícios de Kegel), que envolvem contração suavemente os músculos do esfíncter (em vez das nádegas e coxas). Estes exercícios ajudam a prevenir fugas quando a mulher espirra, tosse, etc, e também podem ajudar a reduzir a dor pélvica durante a gravidez. No entanto, muitas mulheres fazem estes exercícios incorretamente (talvez porque os músculos estão muito tensos e precisam ser relaxado antes fortalecimento). Os fisioterapeutas especializados em saúde da mulher podem instruí-la sobre como realizar estes exercícios de forma segura e correta.


  • Prepare-se para "barriga do bebé", concentrando-se na sua zona abdominal. Exercícios básicos podem ajudar a prevenir a diástase (separação muscular reto-abdominal). A sua barriga cresce, os músculos abdominais, que correm verticalmente ao longo de cada lado do umbigo podem ser forçados para fora, como a abertura de um fecho, e o resultado pode ser dor lombar, dor pélvica ou outras lesões. Mas cuidado, alguns exercícios abdominais aumentam a probabilidade de desenvolver diástase dos retos.

  • Respire! Aprender a respiração adequada e técnicas de relaxamento. O seu fisioterapeuta vai ajudar a preparar o corpo e a mente para uma gravidez saudável. É importante aprender a expirar corretamente antes de realizar qualquer exercício. Com a técnica adequada, o seu core e os músculos do pavimento pélvico contraem-se automaticamente, e isso vai levar a ótima estabilidade e proteção de lesões.

  • Começar uma rotina de exercícios regulares. O exercício vai ajudar a reduzir a quantidade de cortisol (hormona do stress) e vai aumentar a sua força muscular e cardiovascular, força que você precisa para carregar esse peso extra. Depois de engravidar, considere atividades de relativamente baixo impacto, como natação, caminhada em superfícies planas ou bicicleta. As corredores devem estar cientes de que o afrouxamento dos seus ligamentos podem torná-las mais suscetíveis a lesões no joelho e no tornozelo. Além disso, como os músculos e ligamentos que sustentam órgãos pélvicos da mulher enfraquecem um pouco, o choque repetitivo de correr pode causar o prolapso de órgãos pélvicos. Pode ainda usar roupas que ofereçam maior suporte do pavimento pélvico.


  • Pratique uma boa postura. Má postura pode ter um efeito importante sobre o seu corpo, particularmente no que diz respeito à dor durante a gravidez. Um fisioterapeuta pode avaliar a sua postura e sugerir exercícios de fortalecimento muscular e educação de estilo de vida (como não sentar à mesa por longos períodos, e levar as suas compras de supermercado corretamente). Estabelecer hábitos saudáveis ​​de postura pré-gravidez irá diminuir a probabilidade de desenvolver lombalgia e dor pélvica.

No meio de planeamento e emoção, reserve um tempo para preparar o seu corpo para os desafios gratificantes que tem pel
a frente.

sábado, 3 de agosto de 2013

Hoje em dia, é cada vez mais comum mulheres jovens começarem a desenvolver sintomas de Incontinência Urinária, apesar de ser uma doença que afeta principalmente mulheres acima dos 60 anos. A prática de exercício físico intenso propicia o surgimento, pois durante esses exercícios a pressão intra-abdominal tende a aumentar refletindo na necessidade de ter boa força na musculatura do assoalho pélvico para suportar essa pressão. Atenção aquelas que praticam exercicio regularmente, é preciso realizar exercícios específicos para o fortalecimento da musculatura do assoalho pélvico e evitar a perda de urina.


Boa tarde. Essa matéria é antiga mais explica de um jeito bem didático dos diferentes mecanismos que podem provocar os tipos de Bexiga Neurogênica. A fisioterapia uroginecologica é um recurso utilizado para tratamento de desta enfermidade. Um dos principais tratamentos é através de terapia comportamental, que ensina a mãe das crianças e elas também a mudar alguns hábitos de vida. Leiam vale a pena! Para pais e familiares de crianças e adolescentes portadores de Bexiga Neurogênica e outros problemas urológicos.




Bexiga Neurogênica: Tipos


É só uma ou tem um monte?



Uma bexiga neurogênica nunca é igual à outra, mas com o passar do tempo foi observado que mesmo sendo todas diferentes existem algumas peculiaridades entre elas.
Basicamente elas podem ser hipoativa ou hiperativa.


Mas o que é isso?
Temos uma bexiga neurogênica hipoativa quando o músculo da bexiga (detrusor) não contrai. Já vimos que para a urina sair o músculo precisa contrair e o esfíncter externo abrir. Nesse caso quando a urina sai é por transbordamento, ou seja, a urina vaza quando a bexiga está cheia demais e com isso a bexiga vai ficando cada vez maior, pois nunca esvazia corretamente e sempre sobra muita urina dentro dela.
Além disso, podemos ter o crescimento de bactérias e formação de cálculos porque a urina residual (aquela que sobra na bexiga) acumula muco e sedimentos.
Uma vez que o músculo não contrai, a urina sai porque a bexiga está muito cheia, ocorre vazamento (perda por transbordamento). Eu entendo que esta é uma situação bastante assustadora para as famílias, especialmente para as mães, porque elas acreditam que a criança urina naturalmente, o que não é verdade, mas é algo que precisa ficar bem entendido: crianças com bexiga neurogênica não apresentam micção, ato espontâneo e fisiológico de eliminar a urina, elas perdem urina e sem sentir.


Já na bexiga hiperativa o músculo detrusor contrai involuntariamente e independente da bexiga estar cheia ou vazia. Na maioria das vezes temos, nesse caso, uma bexiga pequena por não estar acostumada com grandes quantidades de urina e com paredes grossas, porque contrai o tempo todo e acaba ganhando tônus muscular. Esse tipo de bexiga neurogênica tende a ser acompanhada de Refluxo Vesicoureteral (urina volta da bexiga para os rins) devido às altas pressões que ela trabalha.
Nos dois casos, se não houver tratamento adequado, observamos infecções urinárias recorrentes e sintomáticas que é muito preocupante devido à lesão que pode causar aos rins, além da grande inconveniência da incontinência urinária.

Como descobrir se seu filho(a) tem bexiga neurogênica?
  • Já desconfie se seu filho(a) nasceu com Mielomeningocele ou alguma lesão na medula, entre outras doenças como Esclerose Múltipla e Paralisia Cerebral.
  • Se seu filho(a) faz pouco xixi e em gotinhas
  • Se tem infecções urinárias com sintomas.
  • Se sente dor na barriga.


Se você observar alguns desses sintomas procure um Urologista Pediátrico, ele vai pedir exames, investigar e te ajudar! 
E a Bexiga Neurogênica tem tratamento?
Tratamento sim, já visto em muitos casos com boa recuperação, no entanto a cura é incomum.
Colaboração de Suellen Santos.
Obrigada!


http://uroped.blogspot.com.br/2012/02/bexiga-neurogenica-tipos.html?spref=fb