Saúde

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terça-feira, 23 de setembro de 2014

Dor na relação sexual? A vulvodínea é caracterizada pela dor na região genital da mulher e quase sempre está relacionada com uma sensação de queimação. Veja no que a fisioterapia uroginecológica pode te ajudar!



      Um transtorno pouco conhecido, que provoca fortes dores na região genital da mulher e pode virar um grande transtorno na vida de um casal, isso é a vulvodínia. Estima-se que aproximadamente 15% das mulheres sofram com este tipo de incômodo em algum momento da vida, mas o sofrimento pode ir além da dor física, gerando problemas no relacionamento e a falta desejo sexual na mulher. A falta de informação sobre o assunto ainda é grande, mas para as que sofrem com a vulvodínia é importante saber que existe tratamento.
     Caracterizada pela dor na região genital da mulher, mais especificamente na vulva e nos lábios, a vulvodínia quase sempre está relacionada com uma queimação ou dor durante a relação sexual ou no simples toque na região. Uma tarefa diária simples como andar de bicicleta, que resulta em uma pressão sobre а vulva, pode gerar dor.
    O transtorno é classificado em dois tipos: localizada e generalizada, que se subdividem em espontânea, provocada e mista. Entre os tipos mais comuns estão: vulvodínia generalizada espontânea, onde a mulher se queixa de queimação constante da vulva e a vulvodínia localizada provocada, onde a dor e queimação podem ser provocadas pelo ato sexual, exame ginecológico,  uso de roupas apertadas, de alguns sabonetes e cremes, entre outros.

      A causa exata do problema ainda permanece desconhecida e o grande desafio está no diagnóstico. Estudos apontam que quase 60% das pacientes relataram visitar três ou mais profissionais de saúde, até receber um diagnóstico. Essa demora atrasa o tratamento e pode levar a transtornos psicossociais também.  Então, o primeiro passo é procurar ajuda com profissionais especializados!

     A mulher que tem queixas de dor e ardência na penetração; durante ou após o intercurso sexual deverá procurar um ginecologista com olhar mais específico em patologia vulvar. Esse profissional realizará o diagnóstico com base na história clínica, no exame físico e no teste do cotonete que auxilia no mapeamento da dor.
      O fisioterapeuta especializado em uroginecologia vai contribuir com o diagnóstico e o tratamento. “Realizamos o exame da musculatura pélvica para avaliar se há pontos de tensão muscular, o grau de contração e principalmente a capacidade de relaxamento. Em muitos casos também será necessária a avaliação psicoemocional dessa paciente”, explica Mônica Lopes.
    O tratamento da vulvodínia é feito através de uma abordagem multidisciplinar, aliando ginecologia, fisioterapia e psicologia. A fisioterapia uroginecológica terá uma atuação fundamental para o retorno da atividade sexual e a diminuição da dor. “Utilizamos técnicas de massagem perineal, contração, relaxamento, eletroterapia analgésica e o biofeedback de eletromiografia (EMG), para um tratamento completo”, reforça a fisioterapeuta. “Através do biofeedback, a paciente aprende a relaxar seus músculos do períneo visualizando isso em telas totalmente interativas”, finaliza Mônica.
     “Ainda não se fala em cura, mas com o tratamento correto, podemos reduzir bastante os sintomas e melhorar muito a qualidade de vida da mulher”, destaca Mônica.

Apesar de relativamente comum, a vulvodínia continua sendo um transtorno que nem sempre é reconhecido facilmente e sua incidência é provavelmente maior do que a relatada em ambientes clínicos.
     Para as que sofrem com o problema, a indicação é sempre procurar apoio médico. Mônica destaca algumas ações que podem minimizar a irritação na região: “É importante evitar uso de sabonetes, detergentes e produtos perfumados. Deve-se aumentar a lubrificação para a relação sexual, com o uso de óleo mineral no lugar dos lubrificantes tradicionais. Além disso, as roupas íntimas devem ser de algodão e é bom evitar as roupas apertadas contra a vulva”, finaliza.

http://www.ladoaladopelavida.org.br/especialistas/monica-lopes/relacao-sexual-entre-homem-e-mulher

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